Nossa História



Nós, Carmelitas Descalças, filhas da Gloriosíssima Virgem Maria do Monte Carmelo, somos o “Amor no coração da Igreja”.
E o que é amor?
- O amor, segundo o Coração de Deus, é o sentimento mais nobre do coração humano; é uma vontade fortemente orientada para Deus.

“Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele” (1 Jo.4,17), portanto, o amor procede de Deus, e sua função é conduzir-nos ao próprio Deus.
A vocação da Carmelita surge de uma necessidade íntima de amar Aquele que primeiro nos amou. Tudo pois, é sobrenatural no amor carmelitano. A Carmelita ama e deixa-se amar pelo Senhor, para que possa amar aos irmãos em perfeita caridade.
A Virtude Teologal da caridade, encontra na alma da carmelita um terreno fértil onde produz seus frutos em abundância. “O amor de Deus, derramado em nossos corações pelo Espírito Santo” (Rm.5,5), nos anima e guia na prática dos Conselhos Evangélicos para chegar a plenitude do amor de Deus e dos Irmãos. Impele-nos a renunciar tudo com alegria e nos impulsiona à união misteriosa com Deus pelo caminho da contemplação, da oração.
O amor transpõe a monja carmelita além dos muros de sua clausura, tornando-a missionária além fronteira. “O amor encerra todas as vocações, o amor é tudo, alcança todos os tempos e todos os lugares”(Santa Teresinha).
Este é nosso apostolado: Viver de amor para que o “Amor seja amado”, ou seja, buscamos a santidade em cada dia de nossa vida; viver de amor é imitar a Jesus, é reproduzi-lo em si, é identificar-se com seus pensamentos, suas afeições e sentimentos, é abandonar sua própria vida para viver a vida de Jesus. Uma vez identificada com Jesus, seu Amado, a carmelita encontra-O por toda parte, vê a sua irradiação divina em todas as coisas. E nesta fusão de amor, vivemos como no céu, de Deus somente, vivendo Nele de sua vida Divina, os nossos atos, sacrifícios, trabalhos e orações tornam-se divinos, a tal ponto que podemos afirmar que a Carmelita não só faz oração, mas ela mesma é oração.
A Oração ininterrupta é nossa missão, é o elemento essencial de nossa vida. Segundo nossa Santa Reformadora Teresa de Jesus, “a oração é um trato de amizade com o Senhor, com Aquele que sabemos que nos ama”. Amor e oração são inseparáveis, um é a causa do outro. Assim, tudo em nossa vida, começa, aperfeiçoa-se e acaba no amor.
A vida da carmelita é o cumprimento fiel e radical do mandamento do Senhor: “Amarás  ao Senhor teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todas as tuas forças e com todo teu entendimento, e ao próximo como a ti mesmo”(Dt 6,5. Lv 19,18).
Este amor exclusivo a Deus e à Santíssima Virgem é a razão pela qual nós, monjas Carmelitas, deixamos tudo. Portanto, nossa vida é um testemunho irrefutável de que existe outra vida, a vida eterna, onde só Deus basta. É uma prova eloqüente de que somente  no Deus de amor concretiza-se a realização plena do coração humano sedento de felicidade, “porque Deus é alegria infinita”(Santa Teresa de Los Andes).
 Nós Carmelitas, encerradas em Clausura Papal, observando a Regra Primitiva, por amor nos imolamos pela Igreja, pelo mundo e já aqui na terra desfrutamos da alegria e recompensa eterna. Sim, amamos e, sobretudo, somos amadas, amadas por Deus.

O amor é nossa identidade.